Nunca teremos a oportunidade de ver uma criação da APC com modelos dançando valso pela passarela ornamentados com um par de cornos. Ao Invés, a subtil marca de moda define-se por uma elegância codificada que atrai uma clientela perspicaz, seduzida pelos jeans perfeitos, os blazers encolhidos, os óculos de sol e as t-shirts radicais. Para além do vestuário, a marca desvenda todos os anos um baú de tesouros com “coisas” escolhidas: plectros de guitarra, livros (por exemplo a sua edição de ilustrações de Charles Anastase), aftershave, velas e óleos.
Jean Touitou é o estilista que concebeu a filosofia da APC. Nascido em 1951 na Tunísia, Touitou formou-se em história na Sorbonne, em PAris, e nunca pretendeu seguir carreira de estilista, mas, por puro acaso, começou a colaborar com a Kenzo e mais tarde trabalhou para Agnés B. e Iré, antes de decidir rornar-se independente e criar em 1987 a APC (Atelier de Production et de Création). O estilista começou por lançar uma linha masculina, à qual se seguiu a coleção feminina, um ano depois.
Em 1991, a primeira loja da APC foi inaugurada no Japão e hoje em dia a marca tem lojas m Hong Kong, Nova Iorque, Berlim e Paris, bem como um serviço online abrangente. Touitou sempre deu muita importância às colaborações, tendo trabalhado em projetos inovadores de edições limitadas com Margiela, Martine Sitbon, Eley Kishimoto e Gimme 5. Jessica Ogden desenha uma linha para crianças e, desde 2004, a APC também produziu a pequena coleção de roupa de banho chamada Madras, inspirada em têxteis indianos.
Além disso, a empresa investiu ainda no ramo da música, tendo Mark Jacobs e Sofia Coppola, ente outros, sido convidados a elaborar com compilações da editora discográfica APC, que lançou ainda CDs de música de dança, franco-árabe e punk-jazz, revelando toda a originalidade da marca.
By Terry Newman, editado por Terry Jones e Susie Rushton
Foto: Costesia da APC Outono/Inverno 2002
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